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quinta-feira, 10 de maio de 2018

"A Noite do Jogo" e “Todos os Paulos do Mundo”

"A Noite do jogo" 

Jason Bateman é Max e Rachel McAdams Annie. Formam um casal absolutamente perfeito, isso porque ambos são viciados em jogos, desde os de tabuleiros até charadas e mímica. Todas semanas, eles recebem amigos para partidas, e perder, não é algo legal para o casal. Entretanto, a chegada de Brooks, interpretado por Kyle Chandler, transforma a brincadeira em algo empolgante e arriscado.

Brooks dá uma virada na mesa e inova. Ele voltou da Europa rico e contrata uma firma que encena sequestros e deixa pistas para que os demais jogadores encontrem a vítima e ganhem o prêmio. Porém, as coisas saem de controle quando o rapto acontece e pode não ser brincadeira.

O lado humorístico do filme é bem-sucedido por levar a sério coisas impossíveis e transformá-las em algo cada vez mais absurdo. Bateman é conhecido por sua atuação em comédias. Porém,  McAdams rouba à cena, exatamente a exemplo quando despontou no filme “Meninas Malvadas”.


"Todos os Paulos do Mundo" 


Praticamente é possível ler os movimentos de uma vida pelas palavras, atos, pensamentos. No caso do ator Paulo José, 81 anos, o mais simples é seguir as cenas de seus cerca de 50.  A partir de cenas de vários desses filmes, partindo do inaugural “O Padre e a Moça” (1965), o documentário “Todos os Paulos do Mundo”, de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira, compõe um impressionante e vivo mosaico da corporalidade desse ator que se emprestou a obras que percorreram o Cinema Novo e todos os momentos seguintes no cinema brasileiro até agora.

Nem o desafio do mal de Parkinson, que o acomete há mais de 20 anos, foi capaz de detê-lo. O que perdeu em mobilidade e modulação da voz, ele compensa com uma energia sempre indomável. Este Paulo não poderia nunca ter nascido em nenhum outro lugar.

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