O filme "A Memória que me Contam" investiga geração que militou contra ditadura
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| Simone Spoladore |
O filme tem como base a memória em forma narrativa que não é em primeira mão. Em um primeiro instante, a questão fica mais centrada na personagem Ana, vivida por Simone Spoladore, uma guerrilheira nos anos de chumbo, que agora padeceem uma cama de hospital. A guerrilheira é vista no presente, apenas na memória de seus amigos, seu gamur obtido nos anos de 'chumbo' passou. Sua melhor amiga era Irene (Irene Ravache), cineasta que está fazendo um filme sobre os anos de 1960.
De um modo bem sutil, a diretora Lúcia Murat -que assina o roteiro com a premiada escritora Tatiana Salem Levy (autora do romance "A Chave de Casa")- investiga como o passado e o presente dialogam nas figuras dos amigos militantes e seus filhos no presente. A questão bem resolvida na película, é a geração mais moça. Os principais personagens jovens são Eduardo (Miguel Thiré), filho de Irene, e Gabriel- Patrick Sampaio, filho de Ricardo, Otávio Agusto.
O filme tem um tom de réquiem, uma ode, que domina a narrativa exemplo a cerimônia de despedida de Ana. Assim, com este longametragem, Lúcia Murat, que tem no currículo "Uma Longa Viagem", adiretora revisita seu primeiro longa, "Que Bom te Ver Viva" (1988- com Irene Ravache como protagonista), que seria a própria história da diretora, que teria sido presa política, e como agoraé moda, também teria sido torturada.
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