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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Filme: "Meu Pé de Laranja Lima"

Filme com base no livro de José Mauro de Vasconcelos chega aos cinema numa versão assinada por Marcos Bernstein, com tom melancólico.


SÃO PAULO - Há um estranhamento temporal na nova versão do clássico infantil "Meu Pé de Laranja Lima", estreia nos cinemas numa versão assinada por Marcos Bernstein. Ao mesmo tempo, convivem harmoniosamente na tela celulares, carros antigos e CDs. Esse anacronismo proposital desloca no tempo a história, originalmente publicada em 1968 pelo escritor José Mauro de Vasconcelos. O romance já foi adaptado para o cinema e a televisão, e aqui ganha uma versão com ênfase pelo lúdico e emocional.

A história de Zezé (João Guilherme Ávila) tem um apelo atemporal e universal --tanto que é se tornou um dos romances brasileiros mais traduzidos--, especialmente porque infância é tudo igual, só muda de endereço, ou mais ou menos isso. No filme, Bernstein imprime a dicotomia entre ser criança e a expectativa de amadurecer, ou não querer amadurecer. João Guilherme Ávila vive o protagonista, garoto do interior de Minas Gerais que, incompreendido pela família, encontra num pé de laranja lima uma espécie de amigo e confidente.

Talvez, nos dias atuais, Zezé seria diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, ou algo parecido. Mas, em outros tempos, sua infância é vista mais ou menos como algo saudável. Além da árvore, o garoto desenvolve um relacionamento com um português que mora em sua cidade, conhecido como Portuga, com boa interpretação de  José de Abreu.

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