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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Itália luta contra o tempo: patrimônio ameaçado

Quando os primeiros terremotos a abalar o norte da Itália nos últimos 500 anos causaram mortes e estragos na Emília Romana, em maio, o rastro de destruição ultrapassou casas, prédios e infraestrutura, atingindo também algumas "joias" da arquitetura renascentista.

Seis meses depois, especialistas ainda lutam contra o tempo para fazer os reparos. O arquiteto Andrea Sardo trabalha no Ministério da Cultura italiano e é um dos responsáveis pelas obras de restauração. Andaimes e equipamentos estão impedindo a fachada de ruir completamente, e algumas colunas restaram, mas além disso há muito pouco de pé.
Sardo é um veterano no assunto e já atuou nas obras de restauração após os tremores de Assis e Áquila, mas este, diz ele, é o pior que já viu. A região atingida abriga algumas das mais sofitisticadas obras arquitetônicas renascentistas. A basílica de São Francisco e o Duomo são duas das mais de 2,2 mil igrejas e outros prédios históricos que foram danificados ou destruídos nos dois tremores que abalaram a região em maio.

Desde então, os especialistas têm travado uma batalha contra o tempo para agilizar as obras de restauração antes que as chuvas e geadas do inverno as destruam para sempre. Equipes de arquitetos e bombeiros de elite têm vasculhado a área, catalogando os detalhes de cada prédio, estátua, quadro ou crucifixos que precisam ser protegidos das intempéries do tempo ou restaurados

Estima-se que o trabalho tenha um custo de até US$ 3 bilhões. O custo do trabalho também preocupa o arquiteto Andrea Sardo. "Não sei de onde vai vir o dinheiro. O governo prometeu ajudar, mas vamos precisar de investimentos privados também, talvez dos bancos", afirma. (AgênciaFM com BBC News).

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