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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Veículos terão chip para identificação automática

A partir de janeiro, cada veículo que circular pelas ruas e estradas brasileiras poderá ser identificado por um sistema automático.

Foto: Centro Von Broun
BRASÍLIA (DF) BRASIL - Informações como placa e categoria do veículo estarão armazenadas num microchip fixado no para-brisa e serão captadas pelas antenas da rede de controle operada pelas autoridades de trânsito. Essa tecnologia foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Avançadas Werner von Braun, com financiamento conjunto dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e das Cidades (MCidades), no valor de R$ 5 milhões. A implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) será gradativa, até junho de 2014.

O protótipo que embasa o funcionamento do sistema foi desenvolvido a partir dos requisitos técnicos definidos pelo grupo de trabalho interministerial que trata do assunto (GTI-Siniav) e publicados na Resolução 212/06 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que previa um processo de identificação automática baseado na tecnologia de radiofrequência (RFID). As especificações foram atualizadas em agosto pela Resolução 412/12. O mecanismo funciona por meio da emissão de sinal de um chip de aproximadamente 1 milímetro quadrado, que integra uma pequena placa eletrônica (tag) a ser instalada no para-brisa. O sinal é captado por antenas espalhadas nas cidades e rodovias, possibilitando o controle do tráfego.

Cessão de patente

A propriedade da patente do dispositivo foi cedida pela instituição ao Denatran, que custeou o pedido de registro no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI/MDIC). Segundo o diretor do Centro von Braun, Dario Thober, a doação ocorreu com objetivo de proteger os conceitos do mecanismo, dando oportunidade de produção a qualquer empresa interessada.
A instalação das tags caberá ao respectivo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) no licenciamento dos veículos ou, no caso dos que serão produzidos a partir de janeiro, ao fabricante. Além de placa e categoria, as informações obrigatórias serão: número de série do chip, espécie e tipo do veículo. O serviço prevê a confidencialidade das informações relacionadas ao proprietário, às quais terão acesso – mediante consentimento – apenas empresas aprovadas e associadas ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT).

Múltiplas funções

Além de facilitar o controle do transporte, a plataforma tecnológica com RFID pode ser útil a empresas prestadoras de serviços. Entre os benefícios, o sistema permite localizar um veículo que tenha sido furtado, associá-lo ao proprietário, evitando clonagens, e relacionar serviços públicos e privados à placa eletrônica correspondente ao automóvel. A tecnologia de automação será interligada ao Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) para cruzamento dos dados relativos ao veículo e às obrigações do proprietário, como o licenciamento, possibilitando maior eficiência na fiscalização do tráfego.

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